Namasté, pessoas! Sei que estou devendo uns posts, mas é porque depois de um tempo ficou dificil o acesso à internet e chegando ao Brasil, tive que colocar a vida em dia. Mas nem por isso os posts serão menos especiais. Então vamos lá!

Para conhecer um ponto turístico do sul da Índia, eu e Ranveer fomos passear numa cidade próxima da cada dele, que chama Kanyakumari. Lá conhecemos a Estátua de Thiruvalluvar, que é considerada a Estátua da Liberdade indiana. Pegamos um barco e fomos. Do lado da estátua tem um templo de meditação, o Vivekananda Rock Memorial, que fica numa rocha no meio do mar. Muito bacana.

No dia seguinte, a mãe do Ranveer foi me ensinar a como vestir o sari. Supeeer dificil de vestir, super dificil de andar. E, é claro, eu ainda não aprendi.  Empolgamos tanto, que tiramos váaarias fotos pela casa. Depois, eu vesti o vestido que eu comprei para o segundo dia do casamento. Acertei em cheio na compra, pq ela adorooouuu! :) Depois, o Ranveer foi pegar coco no coqueiro da casa dele pra gente tomar água. Demorou uns 20 minutos pra conseguir abrir! kkkkkkkkkkk

O próximo dia foi sensacional. Eu, Ranveer e os pais fomos para Kerala, uma cidade que tem uma água de mangue giganteeeescooo. E é super famosa pelos barcos que são uma casa. Você aluga e pode ficar quantos dias quiser. Tem um cara pra pilotar o barco e um cozinheiro. Tudo de bom!!! Nesse lugar tem uma vila que fica numa ilha abaixo do nível do mar. Inexplicável. É uma ilha minúscula, com um pessoal pobrezinho. Eu me senti no filme "O Show de Truman", sendo que as pessoas da vila eram o personagem principal. Ver como essas pessoas vivem, numa simplicidade só, no meio do nada, me fez enxergar a vida de outro modo. Aprendi mesmo a valorizar cada momento. Nesse passeio, vi um por do sol sem igual. Nós quatro nos divertimos e conversamos até. Ficamos nesse barco um dia e uma noite e até pilotar eu pilotei! Adorei.

Acordamos cedo para fazer um city tour pela cidade de Kerala, que foi colonizada por portugueses. Entao, já podem imaginar que igreja era o que não faltava. Primeiro fomos na igreja mais antiga da India, a Basílica de Santa Cruz, que tem um pouco mais de 500 anos. Depois, fomos na igreja em que Vasco da Gama foi enterrado, antes do corpo dele ser transferido para  a Europa. Lá, tinha uma bandeira do time Vasco da Gama do Brasil. Porque a gente leva o futebol pra todo lugar! Aí, fomos para um museu portugues, mas nao pudemos tirar foto. O museu era cheio de roupa de bispo, padre e afins. Tudo em ouro!!! Claro que eu lembrei até de tia Ceda e minha mãe quando vi os santos e anjos. Foi quando eu pensei e disse para o Ranveer: eu não vim pra India pra ver igreja! Ele morreu de rir, porque eu me senti em Ouro Preto. Eu queria ver templos e tudo mais, mas em Kerala não tinha. Tudo bem... A melhor parte foi quando fomos almoçar em um restaurante francês. Yes! Não era comida indiana! Mas a influência era. O macarrão tava super apimentado e eu não pude comer. haha.

De Kerala, fomos para Bangalore pela segunda vez. Mas dessa vez, sem passar mal. Chegamos a noite e já fomos pra casa dos amigos do Ranveer. Eles beberam até e eu só olhei. Tava tomando antibiótico por causa da febre tifóide que eu tive da Tailândia pra Índia. Mas a festinha foi super legal, o pessoal tava tocando violão e tal e depois a gente ficou trocando idéia sobre as diferenças culturais, papo de bêbado sabe? hahaha.

No dia seguinte, acordamos com a idéia de ir para a Estação do Churrasco, mas é óbvio que não seria tão fácil assim comer churrasco. O lugar estava lotaaado, com fila de espera de 50 minutos. Aí, o Ranveer teve a  idéia de me levar para almoçar em um palácio. Eu, ele e Animesh, um amigo supeeer gente boa. O lugar era lindooo, maravilhoso, hotel de 6 estrelas e o almoço era buffet e champagne liberado. Lembram? Eu estava tomando antibiótico... mas aí eu tive que abrir uma exceção né? O melhor de tudo, é que era Índia, por isso a conta veio super barata. Nesse dia nos divertimos até e eu adorei o almoço, porque era culinária internacional. Ficamos lá até os garçons mandarem a gente embora. E porque a gente já estava atrasado para o primeiro casamento, do primo da mãe do Ranveer.

Chegamos no hotel e nos arrumamos meeegaaaaa rápido, por isso eu não usei o sari nesse dia, usei o vestido que eu tinha comprado para o outro casamento. Não achamos nenhum taxi e fomos de tuk-tuk mesmo. 15 km de tuk -tuk não é nada fácil, principalmente quando se está atrasado. No caminho, o Ranveer me disse para não rir quando eu visse o pai dele. Ao chegar lá, eu entendi porque. Ele estava com um  turbante rosa! Passei mal de rir, claro! kkkkkkkkkkkkkk.. No casamento indiano, os homens do lado do noivo têm que usar um turbante rosa. Adorei! Não ficamos muito tempo no casório, porque tinhamos que viajar de madrugada. Mas o pouco que eu vi, já achei maravilhoso. A noiva estava com um sari perfeito e cheia de jóias, todas em diamante. O noivo estava com uma roupa de príncipe.

No dia seguinte, viajamos, viajamos, viajamos e viajamos para chegar no Taj Mahal. Meu Deus, é a maior prova de amor do mundo, sim! O mausoléu é enorme, todo em mármore com pedras preciosas. Eu arrepiava. Por mim, ficava lá o dia inteiro, só olhando pra perfeição do lugar. Chegamos lá às 6 da manhã, para ver o por do sol. O príncipe que construiu o Taj Mahal pensou em todos os mínimos detalhes. Mandou fazer as torres do lugar, dois graus pra fora. Porque se acontecer alguma coisa, as torres nunca vão cair pra dentro do túmulo da esposa dele. O Taj Mahal não tem nenhuma iluminação artificial. A luz do sol atravessa o mármore e ilumina o lugar. Dizem que na noite de lua cheia, o Taj Mahal brilha. E diz a lenda, que ele queria construir um Taj Mahal ao lado, para ele, todo em mármore preto. Mas o filho dele prendeu ele. Triste né? De uma forma ou de outra, ele está enterrado ao lado da mulher.

Após o Taj Mahal, fomos conhecer o Fatehpur Sikri, um lugar mais antigo que o Taj Mahal. É uma espécie de cidade construída há mais de 500 anos e que foi abandonada 14 anos depois da sua construção, por falta de água. Aí, o imperador da época sonhou que, para conseguir ter um filho, ele teria que pedir ajuda a um guru nesse lugar. Chegando lá, ele realmente encontrou o guru que o benzeu e, em poucos dias, sua esposa estava grávida. Como recompensa, ele construiu a cidade de Agra, próximo ao Sikri. Por isso, essa cidade abandonada, virou um ponto turístico em que as pessoas vão para fazer uma oração e fazer alguns pedidos. Lá, a gente amarrou uma fitinha perto do túmulo do guru e fizemos três pedidos. A gente não pode contar pra ninguém e dizem que os pedidos se realizam. Tomara que sim! A família desse imperador é toda enterrada nesse lugar. Os homens no pátio aberto e as mulheres na parte coberta, porque antigamente elas não saíam de casa. Maravilhoso o lugar. A construção é incrível e tem uma das maiores portas do mundo. Tem uma porta lá que foi feita com uma madeira tão pesada, que afunda na água. Só existem duas no mundo. A de lá é linda, toda com detalhes em ouro.

Depois desses dois passeios incríveis, fomos correndo para o hotel. Pegamos nossas coisas e corremos para a estação de trem. Fomos para Rajastan, no casamento do Pulkit, um super amigo do Ranveer. Chegamos super atrasados, por isso fomos direto pro primeiro dia do casamento, que estava quase acabando. Foi muito engraçado. Cada hora um convidado subia no palco para  dançar. Depois foi a vez da noiva, que dançou maravilhosamente bem. Depois disso, a turma toda foi pro palco dançar. Eu tava morta de tanto viajar e fiquei só olhando. O Ranveer dançou até. Conheci várias pessoas da família do Ranveer e vários amigos. Todo mundo muito gente boa.

No dia seguinte cedo, acordamos e fomos passear pela cidade. Uma cidadezinha do tamanho de Calambau. Cheia de macacos fofos pelas ruas. Adorei! hahaha. Depois fomos dormir, porque ninguém é de ferro. Acordamos e, mais uma vez, tivemos que correr pra nos arrumar. Aí, a mãe do Ranveer me ajudou a colocar o sari. Ao chegar no segundo dia do casamento,  me deparei com um noivo com roupa de príncipe, num cavalo todo enfeitado com pedrarias. A coisa mais linda. Todos os convidados do noivo se reuniram na casa dele, para ir dançando até o local do casamento. Tradição. E tinha uma banda, a coisa mais louca, uns caras tocando e cantando e eles estavam com umas lâmpadas na cabeça. Super legal. Como a dança demorou demais e a gente tinha que pegar um trem pra voltar, só fomos mesmo despedir dos noivos. E eu acabei não vendo toda aquela coisa que os noivos andam pelo fogo e tal. Mas só de ver a decoração, eu amei.

De volta pra casa do Ranveer, paramos na cidade de Madurei, para eu conhecer o maior templo Hindu que existe dedicado ao Lord Shiva, Meenakshi Amman Temple. Perfeito. Compramos o ingresso e eu só pude ir até a entrada! hahaha. "Firangis" não são bem vindos. Isso mesmo, se você é estrangeiro, vulgo gringo, não pode conhecer o templo todo. Só temos acesso a uma pequena parte. De qualquer forma, o lugar é perfeito. Lindo, lindo. Foi lá que eu vi uma estátua de uma vaca e o pessoal acendendo vela pra ela! Vi vários outros deuses também, como Shiva e Ganesh. O templo tem mais de dois mil anos e é maior que o Vaticano. Na saída, fica um elefante de Ganesh (de verdade), tocando a cabeça de todo mundo, pra dar bençãos. Mas desde que você dê dinheiro pra ele, é claro.

Para terminar o post sobre a Índia, preciso de fazer um parágrafo especial sobre os pais e o irmão do Ranveer. Que família linda. Super unidos, animados e muito gente boa. Todos me trataram super bem, eu fui mega bem recebida. Amei.